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Entenda o que é a Cosmologia Cíclica Conforme: uma teoria que explicaria o "início" e o "fim" do Universo

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por Rafael Panteri
| 04/05/2020 | Atualizado em 07/05/2020 2 min

Entenda o que é a Cosmologia Cíclica Conforme: uma teoria que explicaria o "início" e o "fim" do Universo

por Rafael Panteri | 04/05/2020 | Atualizado em 07/05/2020
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A teoria mais aceita atualmente para a origem do Universo, baseada em um grande conjunto de evidências, é a famosa Teoria do Big Bang. De acordo com ela, tudo começou com um pequena singularidade muito quente e densa que inflacionou por aproximadamente 13,8 bilhões de anos e chegou até o Universo que vemos hoje. Infelizmente, nossas análises estão presas à tecnologia atual e conhecemos a evolução do cosmo somente a partir de 400 mil anos depois de seu início. Antes disso, é um mistério. Porém novas descobertas podem mudar esse cenário.

imagem de corpo celeste
Corpo celeste.

Um artigo publicado em 2018 por Roger Penrose e demais estudiosos da astronomia traz à tona uma teoria conhecida como Cosmologia Cíclica Conforme (CCC). Ela propõe que a história do Universo é uma sequência de um Universo anterior. Ou seja, o final de um ciclo se encaixa com o começo do próximo.

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Roger Penrose, que publicou artigo sobre a cosmologia cíclica conforme
Roger Penrose é um físico matemático inglês, ocupante de uma das cadeiras seniores do Departamento de Matemática da Universidade de Cambridge e da Universidade de Oxford.

Para chegar à teoria, o estudo utilizou a variação de temperatura do mapa da CMB. Ele consiste em um importante dado sobre o Universo primitivo, pois marca a radiação eletromagnética mais antiga. Nele, foram encontradas evidências que supostamente seriam a prova da existência de objetos anteriores - mais especificamente buracos negros supermassivos, que teriam evaporado em outros Universos. Seriam marcas do passado.

CMB (do inglês, Microwave Background Radiation).
CMB (do inglês, Microwave Background Radiation). Imagem divulgada pela Agência Europeia Espacial a partir do satélite Planck em 2013.

Segundo o artigo, a concordância entre a partícula esperada pela CCC e os dados coletados foi de 99,98%. Isso quer dizer que a descoberta dá créditos à teoria, uma vez que tais evidências já eram esperadas. Os estudiosos se mostraram esperançosos com o avanço desse pesquisa: "Parece-nos que essa análise das inclinações da temperatura no mapa do CMB fornece uma indicação inicial significante da natureza sobre as regiões anômalas e abre-nos uma nova porta das cosmologias, independente da validade da CCC. No entanto, é difícil de acreditar que eles encontrarão uma explicação natural a partir do quadro inflacionário convencional". Para os credores da CCC, esse estudo foi de grande importância para as astronomia em geral. E creem que será difícil encontrar soluções diferentes das dadas pela teoria para explicar essas evidências.

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Leia também: Brasileiro descobre como pode ser o fim do Universo

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Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

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